Vicky Cristina Barcelona

30 07 2009

vicky-cristina-barcelona07tSinopse
Vicky (Rebecca Hall) e Scarlett Johansson (Cristina) são grandes amigas que estão em férias em Barcelona. Vicky procura ser sensata em relação ao amor e está noiva, enquanto que Cristina sempre busca uma nova paixão que possa virar sua cabeça. Um dia, em uma galeria de arte, elas conhecem Juan Antonio (Javier Bardem), um atraente pintor que teve um relacionamento problemático com sua ex, Maria Elena (Penélope Cruz). Ainda naquela noite, durante o jantar, Juan Antonio se aproxima da mesa em que Vicky e Cristina estão, fazendo-lhes a proposta de com ele viajar para Oviedo. Vicky inicialmente a rejeita, mas Cristina aceita de imediato e consegue convencer a amiga a acompanhá-la. É o início do relacionamento conturbado de ambas com Juan Antonio.

Fonte: http://www.adorocinema.com.br/filmes/vicky-cristina-barcelona/vicky-cristina-barcelona.asp

Reflexões sobre o filme
Tema: Relacionamento
Subtemas: amor romântico , paixão.

Um filme apaixonante – Um belo lugar, lugares românticos, arte, espontaneidade, paixão em seus vários aspectos. Uma reflexão sobre os relacionamentos mornos e os encontros apaixonados. O anseio universal por um encontro amoroso romântico. Apesar dos compromissos com os “bons partidos” (homens e mulheres) e relacionamentos adequados, apesar da praticidade do mundo e de suas dificuldades, da falta de tempo e das uniões e relações superficializadas, o ser humano continua a sonhar, desejar e aspirar a intensidade das paixões ou dos encontros românticos.

O romantismo não morreu, mesmo que o comodismo, a rotina, a mesmice e a superficialização tenham entorpecido as relações. Apesar de tudo isto, esta força viva continua a se expressar, aparecendo de quando em vez surpreendendo e trazendo muitas vezes com ela tumulto, revolução de sentimentos e muitas vezes até mudança de vida.

Sem duvida, poetas, escritores e artistas em todas as suas expressões zelam e sustentam sua existência. Identificam-no como vida e a expressão de mil formas diferentes nas artes.

Mas todo o ser tem o mesmo dom de criar, se expressar e sentir, talvez não de forma tão brilhante, mas tem o poder de deixar que a vida se expresse numa pulsão e numa explosão de sentidos.

No filme tem uma reflexão interessante: ter um encontro amoroso tão intenso como o do casal de artistas não é uma garantia de poder sustentá-lo. A mesma situação foi mostrada no encontro afetivo do artista com Cristina e mais tarde no triângulo amoroso declarado. Em algum momento falta algo e o sonho não se sustenta.
Que ingrediente é este que falta? O que poderia fazer algo tão intenso e envolvente se manter vivo ou pelo menos possível? O que seria este “sal”?

Alguns autores diriam que este “sal” é o amor, o amor que inclui afeto, respeito mútuo, ternura, confiança, parceria, compartilhamento e ajuda mútua. Mas isto só é possível com muita coragem e entrega, o que é impossível em relacionamentos superficiais e acomodados e tambem para aqueles que são viciados na intensidade da paixão. Este sentimento só é possível a pessoas fortes e maduras emocionalmente. Este amor é coisa de adultos, de adultos emocionais.

Enquanto nossos sentimentos e emoções forem subdesenvolvidos, ou mesmo destrutivos, não há como sustentar a beleza dos relacionamentos.

Vivemos numa sociedade em que a prioridade da vida se recai sobre crescimento material e intelectual. O quanto investimos em vida pessoal, em vida emocional? Nos desenvolvemos material e intelectualmente através de muito esforço e dedicação. Por que achamos então que nos desenvolveremos emocionalmente de graça, isto é, sem esforço ou mesmo igual dedicação? Maturidade é fruto da experiência, da atenção voltada para o aprendizado a cada instante de nossas vidas. A maturidade emocional só se consegue da mesma forma, experimentando, vivendo, atento ao que acontece, atento ao que se sente, refletindo no que não deu certo, se apoderando de suas conquistas nesta área, buscando ajuda psicológica quando necessário, conversando com amigos e pessoas mais experientes, lendo sobre o assunto, interagindo com as pessoas, se expondo, e se expressando.

Nos relacionamentos, ter a sensação de que já se conhece tudo o que se tinha para conhecer, tudo o que se tinha para se desvendar no outro definha o sentimento. Enquanto existir algo a ser desvendado, há algo para se nutrir.

Autoconhecer-se, e então auto-revelar-se é uma forma de mantermos este alimento para os relacionamentos. Como o autoconhecimento é eterno, também poderíamos revelar-nos eternamente.

Quando esquecemos de nós mesmos e nos tornamos uma sombra do outro perdemos o brilho próprio e é natural que o outro se desinteresse. Portanto, apesar de existir outros fatores importantes, autoconhecimento e auto-estima são fatores mantenedores essenciais de um relacionamento aquecido. Mas tudo isto requer coragem para se autoconhecer, se preservar e se amar. E é necessário mais que isto, é necessário ter a coragem de viver, de se experimentar e se enfrentar.
Nem sempre é necessário romper com quem estamos, e sim romper com nossa acomodação interna, nosso medo de se entregar à vida e ao outro.

Este filme, como tantos outros, passa a mensagem que temos que continuar buscando a pessoa ideal, o par ideal e que o problema está em que não o achamos ainda. Esta busca exterior continua como na felicidade, algo a ser encontrado fora e não dentro de si mesmo. Será o outro e a vida as responsáveis pelo nosso desencontro? Quantos relacionamentos precisamos experimentar para encontrar a pessoa certa?

É possível até que já encontramos a pessoa “certa” e estamos a seu lado há muito tempo, mas transformamos este encontro em acomodação e rotina. Talvez a mudança tenha que ser feita em nós mesmos e na nossa forma de nos relacionar e não necessariamente trocando de parceria, apesar de que às vezes só nos resta enterrar o que já morreu ou que deixamos morrer.

É necessário ter a coragem para sentir e se entregar à intensidade da vida no outro, mas é igualmente necessário a coragem de se entregar ao outro na grandeza do amor que ao invés de intenso é profundo. Que ao invés de consumir e absorver o outro nos entregamos ao mesmo.

Por isso, é muito mais fácil gostar, ao invés de nos lançarmos à intesidade da paixão ou na profundidade do amor, é muito menos arriscado e menos trabalhoso. Mas como viver sem provar ou renunciar a intensidade ou a profundidade dos sentimentos?

Como viver sem sentir, se viver e sentir são a mesma coisa?

Por Flávio Vervloet





Shakespeare Apaixonado

30 07 2009

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Sinopse
Shakespeare (Joseph Fiennes) sofre um bloqueio que o impede de escrever sua mais nova peça, uma história de amor com fim trágico. Tudo muda quando ele se apaixona por Lady Viola (Gwyneth Paltrow) e passa a utilizar suas tentativas de seduzi-la como inspiração.

Fonte:http://www.adorocinema.com/filmes/shakespeare-apaixonado/shakespeare-apaixonado.asp

Reflexões sobre o filme
Tema: Relacionamento
Subtema: Amor Romântico, dificuldade de sustentar o amor, sobrevivência dos bons sentimentos mesmo na perda afetiva

O filme retrata, como a peça de Shakespeare, o amor romântico e o amor impossível. Este tema traduz um dos grandes sofrimentos do ser humano: a sua dificuldade de encontrar, viver e sustentar o amor. Da mesma forma que no texto de Shakespeare e no filme, na vida, o amor é comumente frustrado. Quem não sofreu a frustração de um amor que é “impedido”? No texto, impedido pelo destino, pelos fatores externos e sociais, da mesma forma que na vida de muitos casais. Porém mais comumente é impedido pelos nossos próprios equívocos e distorção internas.

A frustração do amor e seu impedimento é uma vivencia universal e arquetípica, é uma dor que já passamos ou iremos passar. Transformamos o amor romântico em fantasia, em um desejo de amor perfeito, absoluto e curador de todas as nossas carências e feridas íntimas.

Acontece que, com o convívio, os príncipes viram sapos e as princesas se tornam bruxas, as fantasias se quebram e o coração humano se despedaça. Isto confirma que o amor romântico não existe? Ou demonstra nossa imaturidade para sustentá-lo? Será que por trás do amor fantasioso e tão frágil não existe um amor mais realista e poderoso? Será que, se existe esse amor, ele não tem que acolher a imperfeição humana e da vida, não tem que acolher os dois lados da dualidade? Um amor que aceite e sustente falhas humanas e emoções diversas, boas e difíceis sem destruição mútua.

O filme, diferente da peça original de Shakespeare, traz um outro possível final menos trágico e dramático (onde morrem os amantes), não que a vida não possa comportar a tragédia. Este final alternativo indica um amor que não morre com a impossibilidade e o afastamento. Um amor que sobrevive a perda e talvez até ao fracasso do relacionamento. Um amor que guarda na memória os momentos bons do que foi vivido e experimentado e procura viver a vida da melhor forma possível, se desligando do passado, mas não do bom fruto deste passado que pode permanecer vivo como um tesouro conquistado e que traz com ele luz para outras experiências do presente e futuro.

É sustentar o bom sem destruir o sentimento para suportar a dor. Quando destruímos o bom, o bem vivido, o fazemos na esperança de sustentarmos a perda e a dor, mas igualmente soterramos a esperança de amar e colorirmos de novo a vida.
É muito comum as pessoas desesperadamente concluírem que nunca amaram quem perderam, e se desfazerem de tudo para seguirem em frente, mas aos pedaços. Será que precisamos destruir o que nos frustrou? Será o amor o culpado ou são nossas ilusões e fantasias as responsáveis pelas nossas dores? Amor é sentimento, é um ato de entrega e coragem. Coragem não necessariamente para se lançar ao sabor dos sentimentos e impulsos, mas coragem de enfrentar a si mesmo e as próprias ilusões infantis.

Por Flávio Vervloet





Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças

30 07 2009

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Sinopse
Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) formavam um casal que durante anos tentaram fazer com que o relacionamento entre ambos desse certo. Desiludida com o fracasso, Clementine decide esquecer Joel para sempre e, para tanto, aceita se submeter a um tratamento experimental, que retira de sua memória os momentos vividos com ele. Após saber de sua atitude Joel entra em depressão, frustrado por ainda estar apaixonado por alguém que quer esquecê-lo. Decidido a superar a questão, Joel também se submete ao tratamento experimental. Porém ele acaba desistindo de tentar esquecê-la e começa a encaixar Clementine em momentos de sua memória os quais ela não participa.

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/brilho-eterno/brilho-eterno.asp

Reflexões sobre o filme

Tema: Relacionamento
Subtemas: Separação, Rupturas, Amor, Esquecimento

O filme traz uma reflexão sobre relacionamentos de uma forma original. Demonstra que existe algo mais do que a atração das pessoas a partir de suas neuroses e situações emocionais inacabadas de sua história pessoal. (Teoria esta que nega ou questiona a existência do sentimento do amor entre as pessoas, insinuando que os relacionamentos são apenas um atendimento de nossas necessidades psicológicas, sociais ou instintivas).

Traz a existência do amor além destas necessidades.
Teoriza que, mesmo esquecendo do passado e de nossas lembranças, somos atraídos para as mesmas pessoas e pelo que elas potencialmente despertam em nós.

Nosso brilho pessoal muitas vezes se encontra soterrado em nosso íntimo por inúmeras razões. E é necessário o outro para despertar em nós o nosso melhor e o nosso pior (o segundo para termos a chance de transformá-lo).

Como um espelho, o outro (geralmente o oposto) reflete para nós nossas dificuldades e aquilo que negamos e ocultamos em nós. Esta proximidade traz a princípio o encantamento (fase da paixão), período em que a diferença nos encanta e nos desafia. Com o tempo esta mesma diferença traz a frustração, o cansaço e o incomodo a ponto de até odiarmos o outro. Ódio este que não necessariamente significa perda de amor, mas o incômodo porque as coisas não são como desejaríamos que fossem e é mais uma revolta decorrente de uma desilusão, de uma idealização que fizemos do outro.

Nesta hora relembrar dos bons momentos ajuda, já que a desilusão só nos mostra os ruins. E aceitar o bom e o ruim no outro, como partes integrantes da mesma pessoa, nos permite valorizar o sentimento existente e retornarmos à relação numa direção mais madura e construtiva sobre novas bases.

É nesse ponto que muitos relacionamentos terminam, onde as mágoas distanciam o casal a tal ponto que se perde o caminho de volta.

O filme nos traz uma reflexão: Há um brilho eterno na alma humana que possibilita os relacionamentos de uma forma significativa e profunda, além das forças de atração psicológicas das lembranças.

Será que estamos dispostos a segui-lo?

Por Flávio Vervloet

 





Banquete do Amor

30 07 2009

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Sinopse
Em uma pequena comunidade do Oregon vive Harry Stevenson (Morgan Freeman), um professor que testemunha tudo o que acontece no local. Aos poucos Harry acompanha os movimentos decorrentes nos habitantes da comunidade devido às artimanhas do amor.

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/banquete-do-amor/banquete-do-amor.asp

Reflexões sobre o filme

Tema: Relacionamentos, amor romântico e paixões.

Um filme que trata especificamente sobre o tema relacionamentos e o amor.
Das várias formas em que ele se apresenta na vida. Dos encontros e desencontros, das ilusões e desilusões, das ações diversas moldadas por seu intermédio. Faz uma reflexão sobre como cada um responde de forma distinta a força do sentimento. No entanto, coloca o amor como um grande mistério, com seus caprichos. Será que os caprichos do amor são dele mesmo ou da forma que cada um o filtra, o sente e expressa?

O filme coloca como se a questão do amor fosse somente uma escolha certa, em que o casal se encaixa perfeitamente. Daí é feliz quem está desperto e sabe enxergar este encaixe perfeito, e que a paixão é o maior sinal deste encaixe. Mostra que esta paixão também se engana, mas não tão claramente neste filme. Este é um tema comum em filmes, o que tem de diferente neste?

Mostra várias formas de amor:
Um casal de amantes que se ligam através se sua intensidade e volúpia, que enxergam aí o amor e não quando ele é leve e tranqüilo. Um homem dócil e amoroso que enxerga o amor em relações onde não é valorizado, onde enxerga mais sua carência e necessidade de companhia que o sentimento de quem se relaciona. Um casal de jovens que se apaixonam, e se entregam profundamente e vêem aí amor.
Um casal de mais idade que sustenta um relacionamento maduro de respeito e admiração. Um casal de mulheres que se apaixonam talvez não só pela atração mútua, mas também pelo intenso desejo de uma delas de ser vista.

O quanto daria certo cada um destes encontros, principalmente os recentes, não é o foco deste filme, mas as formas diferentes das pessoas se ligarem afetivamente e a força do amor. Demonstra na atitude da jovem a grandeza do amor que se entrega, mesmo suspeitando profundamente que poderia perdê-lo. Da grandeza do amor de um casal idoso que acolhem esta jovem mulher gravida, dispostos a adotá-la como filha. Será que a paixão sem o amor sustenta esta entrega?  Será que o amor sem a paixão se aventura ao novo e as mudanças? Parece que a paixão e o amor são igualmente valiosos.

A paixão talvez não se sustente muito tempo sem que seja substituída pelo amor. Tem vida mais curta e se sustenta somente na medida em que existe o desconhecido, algo a ser descoberto. Mas ela tem a força da transformação, a coragem do enfrentamento e a ousadia de superar os obstáculos e o medo. A paixão é vista com suspeita pelos que nunca se apaixonaram, pelos que se apaixonaram e se decepcionaram e por aqueles que receiam sua intensidade e poder de mudanças, os que vêem nela perigo e ameaça a tradições. No entanto, a paixão ousa a ir além do conhecido, aceito, permitido, do possível e desejável, uma força que pode transgredir as regras, as normas, o estabelecido e a estabilidade da tradição. Mas é também um sentimento egocêntrico e somente dirigido ao outro, ao foco da paixão, onde todo o resto é secundário e excluído por um tempo. É um desejo de consumir e absorver o outro, uma atração irresistível, um fogo que arde e queima o corpo e seqüestra os pensamentos, sentimentos, emoções e ações de quem o sente.

Dá a coragem para enfrentar quaisquer coisas, afasta o medo e traz à tona capacidades antes adormecidas e entorpecidas pela acomodação. Mas apesar de todo este poder, uma vez que o outro (foco da nossa paixão), é desvendado ou pretensamente desvendado, o novo, o conhecido, o mistério se esvai. E a paixão se definha e passamos a enxergar todos os defeitos, que antes não víamos e não mais nos sentimos vistos, amados e aceitos. Nesta altura o amor (de entrega) se não tiver acontecido e não for cultivado, o relacionamento e esfria e cada um se fecha em seu mundo pessoal, e com o passar do tempo nem mesmo o sexo, por melhor que seja, sustenta a relação e o casal se distancia. Por isto mesmo, quem não conhece o amor como entrega e doação, busca incessantemente novas paixões na esperança de encontrar a pessoa correta, o par definitivo.

Da mesma forma que desconfiam da paixão, desconfiam também deste tipo de amor que é entrega e doação. Principalmente os que nunca amaram assim, os que amaram e depois perderam e principalmente os que vêem este tipo de entrega como arriscado, como uma expressão de fraqueza e submissão ao outro e a vida. Este tipo de amor tem uma grandeza única, que faz da entrega um ato de coragem extrema ante a vida, uma confiança inominada. Esta entrega desafia não mais as convenções e tradições, mas a pequenez, os limites humanos, enfrenta a vida e a morte, enfrenta o tempo e o espaço,a a própria realidade limitada de nossa compreensão.

É este o sentimento que nos faz sustentar qualquer dor, dificuldade ou sofrimento, e dá sentido ao que não entendemos. Se a paixão nos dá forças para enfrentarmos a inércia e o medo de enfrentar os obstáculos ao prazer e a consumação do desejado, o amor que entrega dá forças para enfrentar a dor e as dificuldades da vida e dá sentido a tudo. O filme reflete algo interessante: sexo, paixão, amor de entrega é tudo amor. Cada um e em cada momento se expressando diferente, de acordo com o alcance ou o momento de cada um. Não existe jeito certo ou errado, existe sim uma busca incessante e infinita de amar e ser amado, que nos torna todos iguais e nos irmana.

Por fim, reflete o relacionamento de pais respeitosos e “socráticos” com seu filho que acaba morrendo de overdose. Questionando de maneira significativa a importância de não compensarmos a educação invasiva e autoritária recebida, com uma educação respeitosa, mas que não se arrisca em se colocar, em opinar, ou por limites por receio, mas que acaba por se omitir, desprotegendo, dando ao outro a provável sensação de abandono. Relacionar-se amorosamente é fazer-se presente , arriscar-se, errar e ser inadequado, é se envolver e estar disposto a encontrar o caminho do coração e não do que é certo. É lançar-se no desconhecido, confiante no poder do que somos em nossa imperfeição humana.

Por Flávio Vervloet