A Loja Mágica de Brinquedos

29 07 2009

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Sinopse
A Loja Mágica do Sr. Magorium é um paraíso de brinquedos onde tudo ganha vida, inclusive a própria loja. Um dia o sr. Edward Magorium (Dustin Hoffman), que tem 243 anos, decide ceder o controle de seu estabelecimento à insegura e jovem gerente Molly Mahoney (Natalie Portman). Quando um cético contador chamado Henry Weston (Jason Bateman) surge para fazer uma auditoria em todos os brinquedos a loja passa por uma misteriosa mudança. Os brinquedos, antes alegres e coloridos, se tornam silenciosos e acinzentados. Para recuperar o local Molly e Henry precisarão encontrar a magia existente dentro deles próprios, contando com a ajuda de Eric Applebaum (Zach Mills), um garoto de 9 anos que tem dificuldades em fazer amigos.

Reflexões sobre o filme
É comum no mundo adulto sem tempo para nada perdermos a fé, perdermos a capacidade de brincar, de sonhar e imaginar. (Os mutantes, e os “é só”)E mesmo aqueles que acreditam e continuam a acreditar em tudo isto, acreditam no brilho dos outros, mas não no próprio brilho. (a gerente Molly Mahoney)

A magia da vida é vista por aqueles que crêem em algo mais do que o “é só isto”, aqueles que conseguem se divertir com o simples e o imaginário, aqueles que se mantêm brincando e não levando tão a sério as tarefas e as diversões de adulto. Às vezes somente quando não vemos mais saída, quando nosso mundo conhecido e seguro rui a nossa frente, quando nosso mundo é abalado em sua estrutura, quando morre o conhecido para nós é que pode nascer o novo, uma nova história, uma nova página do livro da vida. Só ai o inesperado ou o inexpressivo (cubo de madeira), se revela e dele fazemos surgir o inusitado em nossa vida e ela ganha sentido.

Parece que nosso brilho está escondido e bloqueado pela falsa crença que temos de nós mesmos. Perdemos a capacidade de enxergar em nós o inusitado, a expressão única do nosso ser, e nos agarramos a pálida miragem e ilusão do que nos fizeram acreditar que somos. Somos muito mais, mesmo esquecendo-se disto. Temos uma essência, um self e uma luz que nos faz únicos e maravilhosos. E só quem vive plenamente pode morrer de forma simples e sem dramas. Porque a vida foi repleta de significado e a morte não pode e não tem como destruir.

Por Flávio Vervloet